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Novo governo vem aí: é mais prudente investir ou comprar imóveis?


O sobe e desce dos mercados desde a eleição presidencial tem deixado os investidores preocupados. A possibilidade de perder dinheiro – tanto na Bolsa quanto na renda fixa, devido aos efeitos da marcação a mercado – assusta quem está começando ou tem um perfil de risco mais conservador.


Por isso, há quem se pergunte se manter os recursos no mercado financeiro é mesmo a melhor alternativa neste momento.


Os imóveis costumam ser vistos pelos brasileiros como uma alternativa segura para destinar o patrimônio. O histórico de longo prazo é de valorização – fora o conforto que muitos sentem por saber que se trata de um investimento “físico”, de tijolo e concreto, e não “etéreo” como o dinheiro virtual mantido em uma conta corrente.


Na visão de planejadores financeiros, no entanto, esse pode não ser o melhor caminho se o objetivo for proteger a própria saúde financeira.


“Uma alocação patrimonial adequada depende não apenas da situação econômica ou política percebida no momento, mas também da tolerância ao risco do indivíduo, de seus planos para os próximos anos e de possíveis necessidades de recursos no curto, médio e longo prazo”, diz a planejadora financeira Florence Correa.


Ela ressalta que quem possui todo o patrimônio imobilizado – como é o caso quando se compra uma casa, uma sala comercial ou um terreno – fica vulnerável diante de qualquer emergência que apareça.


Viviane Ferreira, também planejadora financeira, destaca dois outros aspectos. “Por um lado, sair correndo para comprar um imóvel na pressa pode não resultar em uma boa negociação”, afirma. Por outro, uma vez que um imóvel seja comprado, o investidor adquire junto a falta de liquidez. A posterior venda pode demorar a se concretizar, especialmente se a intenção for não reduzir demais o preço – o que é de se imaginar.


Por isso, sua visão é de que o mais prudente é manter as economias aplicadas no mercado financeiro. Viviane lembra que, diante da escalada da inflação, ainda há quem tema confiscos de recursos, como o implementado pelo presidente Fernando Collor de Melo em 1990. Dados os avanços institucionais e legislativos verificados no Brasil desde então, a planejadora ressalta que essa possibilidade está descarta atualmente.


Segundo Florence, para enfrentar a percepção de insegurança causada pela troca de governo, a saída é buscar aplicações financeiras conservadoras, como os papéis de renda fixa atrelados à taxa do CDI (principal referência de rentabilidade) ou os títulos públicos negociados no Tesouro Direto. Como são emitidos pelo Tesouro Nacional, os títulos federais possuem risco de crédito soberano, considerado o mais baixo.


Manter os recursos aplicados embute uma vantagem adicional, segundo Viviane. “Isso permite ter mobilidade, liquidez e agilidade para aproveitar alguma oportunidade que venha a aparecer no mercado”, diz. “As taxas de juros podem subir mais e o investidor conseguiria aproveitar para ‘travar’ investimentos de longo prazo com uma remuneração elevada”.


Fonte: InfoMoney

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